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Poliana Cunha (Diretora do Clube Elvis MG) foi até a Argentina entrevistar Carlos Ares e assistir o espetáculo "Elvis Live in Concert". Gentilmente está compartilhando com o Elvis Triunfal esta entrevista. Carlos Ares viu Elvis 4 vezes e mantém uma loja que é referência em toda a América Latina. 
 

INTRODUÇÃO: POLIANA CUNHA "Para o pessoal do Elvis Triunfal e do Clube Elvis, esse é o famoso Carlos Ares que irá bater um papo rápido conosco".

POLIANA CUNHA: O que significa o Elvis Live in Concert aqui em Buenos Aires?

CARLOS ARES: É a primeira vez que o "Elvis in Concert" vem para a argentina, estou bem ansioso para ver. Estive em Memphis varias vezes e vi outros concertos com os outros músicos e foi fantástico! Espero ansioso por esse belo projeto.

POLIANA CUNHA: Você foi para Londres?
 

CARLOS ARES: Não, vi em Memphis.
 

POLIANA CUNHA: Eu fui a Londres para ver com a verdadeira Royal
 

CARLOS ARES: Não será feito pela Royal aqui, tanto aqui como no Chile será uma orquestra local.
Irá para o Brasil?
 

POLIANA CUNHA: Não
 

CARLOS ARES: Por que não?
 

POLIANA CUNHA: Não sabemos! Essa era a próxima pergunta para você. Porque não o Brasil?
 

CARLOS ARES: Não sei. Imaginei que iria...
 

POLIANA CUNHA: Escrevemos para Graceland e não tivemos noticias ou resposta. É por isso que vim para Buenos Aires, são mais ou menos 5 ou 6 brasileiros que vieram.
 

CARLOS ARES: Uau! 6 ou 7, bastante, fantástico!
 

POLIANA CUNHA: Comprei o ingresso na primeira fila.
 

CARLOS ARES: Hoje primeira fila!? Comprei na 4 fila.
 

POLIANA CUNHA: Quando vi que estava vendendo, comprei (kkkkk) eu não queria perder.
 

CARLOS ARES: Por que escolheu Argentina ao invés do Chile?


POLIANA CUNHA: Sempre quis conhecer Buenos Aires então aproveitei. Quando fui em 2016, em Londres estava somente eu e Walteir Terciani.
 

CARLOS ARES: Meu amigo! Amo ele, conheço ele há vários anos. Encontrei ele vezes em Memphis.
 

POLIANA CUNHA: Ele e ótimo, adoro ele.
 

CARLOS ARES: Ele virá a Argentina?
 

POLIANA CUNHA: Ele não virá, estive com ele recentemente mas ele não virá pra cá. Você que já foi há varias na Elvis Week, qual sua opinião sobre o novo complexo em Graceland (nesse momento ele faz uma careta e rimos bastante). É complicado eu sei ....


CARLOS ARES: Eu não sei o que falar. Acho que Graceland da tudo que o fã quer. Tudo pertence a Graceland. É o melhor. Nao há nada como Graceland. É mais sonho da Priscilla. Conheci James Burton, Glen, Linda...

POLIANA CUNHA: ...também estive com o James e com a Linda no ano passado.
 

CARLOS ARES: Adoro a Linda!
 

POLIANA CUNHA: Sim. Ela tão linda, estivemos no lançamento do livro dela. A intenção do complexo é mostrar algo diferente, novo, que nunca foi exposto...


CARLOS ARES: Os fãs não querem isso, eles querem Elvis.


POLIANA CUNHA: Houveram varios problemas com ingressos, especialmente os preços.


CARLOS ARES: Os fãs de Elvis querem estar próximo dele, eles não ligam pra essas coisas. Os administradores não ligam para os fãs e nem para Elvis, eles só pensam em dinheiro. Simples assim. Até a vigília agora é paga, isso é repulsivo.


POLIANA CUNHA: Os fãs criticaram até na imprensa a cobrança para participar da vigília. E depois de varias criticas foi liberado para aqueles que não tinham ingresso. Elvis sempre se dedicou aos seus fãs, isso é triste. Como você vê o trabalho da Priscilla? Esse novo meio de divulgar Elvis. Acha que se Elvis estivesse vivo ele teria feitos essas parcerias com a Royal, viajando ao redor do mundo, ou ele estaria aposentado?


CARLOS ARES: Ela é muito vaidosa, é bem intencionada e inteligente, ela sabe como administrar um negócio, mas ela nunca amou Elvis, ao contrário ela odiava ele. Não gosto como ela se intitula "Presley" (Priscilla Presley), eles se separaram e não usou mais o nome dele, quando elvis morreu ela passou se chamar de viúva de Elvis. Enfim ela é bem inteligente, ela salvou Graceland, Vernon quis vender Graceland e ela não permitiu. Vernon era um Presley, ela não é.
 

POLIANA CUNHA: No Brasil temos essa discussão também.
 

CARLOS ARES: Não é uma discussão é um fato.


POLIANA CUNHA: Vejo que ela é importante agora, para manter o nome de Elvis na mídia. Como estar aqui em Buenos Aires para um show de Elvis. Quando fui para Londres era um show inédito, era a primeira vez que se veria aquele show, era ir em um show de Elvis e foi muito emocionante, e isso foi importante para os fãs.
 

CARLOS ARES: É justamente o que ela quer que você pense, ela é inteligente justamente por isso. Ela está levando Elvis aonde ele nunca esteve!


POLIANA CUNHA: qual a sua expectativa pelo show de hoje?


CARLOS ARES: Acredito que será maravilhoso ainda não vi e estou bem ansioso


POLIANA CUNHA: você irá adorar, prepare se para chorar, é muito bonito e emocionante. Em Memphis terá o Elvis by Christmas (como o CD lançado no último ano) em Londres foi um único show, acredito que aqui será da mesma forma (o que não se confirmou depois do show, foi o mesmo projeto de Memphis)

   

Poliana no "Luna Park", palco de mais um "Elvis Live in Concert"


CARLOS ARES: Espero que sim, vamos ver hoje a noite!


POLIANA CUNHA: Quantos fãs você estima na Argentina ou aqui em Buenos Aires?


CARLOS ARES: É difícil de dizer hoje em dia, mas acredito que cerca de 4 mil no país.


POLIANA CUNHA: No Brasil superamos esse número, acredito que passe de 10 mil.


CARLOS ARES: O Brasil é bem maior de Argentina e Elvis fez bem mais sucesso no Brasil


POLIANA CUNHA: É mesmo? Imaginei que que fosse aqui!
 

CARLOS ARES: Nos 60 e 70 Argentina tinha mais recordes que no Brasil, mas a política Argentina acabou impedindo que as coisas de fora chegassem aqui.

   

Loja "ELVIS SHOP" de Carlos Ares na Argentina


POLIANA CUNHA: Ficaria horas falando de Elvis com você, mas tem uma pergunta que não quero deixar de fazer, uma que todo mundo me pediu que fizesse pra você. Você viu Elvis ao vivo?
 

CARLOS ARES: Sim! Vi 4 vezes!
 

POLIANA CUNHA: Me diga qual foi a sua reação, sua emoção...
 

CARLOS ARES: Foi como um sonho se tornando realidade, eu era muito jovem em 1972, e entendi que se eu não fosse ir para ver Elvis eu não o veria, pois ele não viria para a Argentina. Ele poderia ir para outros países mas não aqui. Então me preparei pra ir, escrevi carta para o hotel Internacional em Las Vegas, pois não havia internet, nem fax ou e-mail como hoje. Tinha que escrever uma carta, e recebi as reservas aqui na Argentina. A melhor parte que recebi uma fotografia autografada. Então foram 4 shows e ele era muito mais bonito que qualquer foto que tinha visto, os olhos dele eram como luzes acessas, faróis, os dentes lindos, ele era impressionante. Acredito que vi o melhor dos anos 70, ele era perfeito.

Divulgação de Elvis no Hilton Hotel de 1972


POLIANA CUNHA: Sim os anos 70 foram incríveis, adoro Elvis no Madison Square Garden!
 

CARLOS ARES: Certamente a melhor fase dele. Perguntei uma vez a James Burton, na opinião dele qual era o melhor show de Elvis e ele disse sem duvidas..."Madison", sua voz estava perfeita, Elvis estava incrível. Um show perfeito.
 

POLIANA CUNHA: Deus! Como queria ter estado lá! (mostro meu braço arrepiado)
 

CARLOS ARES: Você é muito jovem, e adorei ver o quanto você ama ele.
 

POLIANA CUNHA: Sim! Conheci através da minha mãe e minha irmã, que tinha uma foto dele na parede, e vi aquele homem lindo e me perguntava quem era esse homem! Minha irmã falava quem era Elvis e aprendi a gostar, e hoje sou mais fã que ela.
 

CARLOS ARES: Da pra ver (risos)
 

POLIANA CUNHA: No "Elvis um Concert" eu as levei e elas adoraram!
 

CARLOS ARES: Eles irão fazer um evento na Dinamarca você devia ir, eu estarei lá. O evento é como nos anos 80, vários fãs, vários colecionadores e sem armadilhas.
 

POLIANA CUNHA: Tenho só mais duas perguntas antes de terminar, o que você gostaria, qual seu sonho, o que gostaria de ver sobre Elvis?
 

CARLOS ARES: Os concertos dos anos 50 em preto e branco, com som ruim, quero ver o verdadeiro Elvis!


POLIANA CUNHA: Eu gostaria de ver os últimos shows de 77


CARLOS ARES: Oh não, me fazem chorar, sei que ele estava fantástico, a voz dele estava perfeita. Enquanto Nos anos 50 era o verdadeiro.


POLIANA CUNHA: E pra terminarmos, qual objeto da sua coleção é mais precioso pra você


CARLOS ARES:  Seu autógrafo em um lp meu.


POLIANA CUNHA: Oh meu Deus posso ver isso? Meu coração disparou aqui
 

CARLOS ARES: Encontrei o Glen Hardin no lobby do hotel na última noite que estava em Vegas! Eu estava tomando um drink e ele também, e estava com o álbum na mão e ele perguntou se eu queria o autografo, ele pegou o álbum e disse para esperar. Ele sai e foi pra suíte de Elvis. Esperei ansioso, como ele demorou, achei que perdi meu álbum, mas ele chegou com o álbum autografado, e tenho ele até hoje, há uma foto dele no meu livro. Ele pegou o livro e me mostrou o álbum assinado.


POLIANA CUNHA: isso é incrível, essa história é incrível fantástica. Oh Carlos muito obrigado pelo seu tempo e se disponibilizar pra esse bate papo e nos vemos hoje no show. Foi uma honra e prazer. (Ele manda um abraço a todos os brasileiros.)


POLIANA CUNHA (considerações finais):Encontrei com ele antes do show e conversamos sobre sua expectativa. Após o show o encontrei e ele estava maravilhado, apaixonado pelo show, muito feliz. Ele estava impressionado por ter lotado a arena e com a emoção dos músicos e a emoção a plateia. Disse que foi um dos momentos altos na vida dele relacionado a Elvis. O maestro era um jovem músico argentino apaixonado por Elvis e fez 4 bis (sendo que nos outros que vi foram 2)