Em
fevereiro de 1976 uma unidade móvel da RCA é
montada em Graceland. A Jungle Room (a sala da
selva) seria adaptada para virar um estúdio para
seus últimos álbuns! Neste ano a RCA lançaria
uma coletânea com gravações da Sun que receberia
muitos elogios da crítica, o álbum “THE SUN
SESSIONS! Em maio lançam o álbum “FROM ELVIS
PRESLEY BOULEVARD MEMPHIS TENNESSEE” que levaram
muitos acharem (pelo título), se tratar de um
álbum ao vivo! Na realidade o álbum era formado
de gravações feitas em Graceland, mesmo assim um
excelente álbum! A RCA ainda lançaria outra
coletânea chamada “WELCOME TO MY WORLD”, mas sem
grandes novidades. Várias mudanças aconteceram
neste ano: Elvis em dezembro de 1976 se despedia
de Las Vegas, fechava ali um ciclo vitorioso de
837 shows iniciados em 1969, todos ESGOTADOS!
Linda Thompson deixaria o posto de namorada e
Ginger Alden assumiria este papel, ela seria a
última pessoa a vê-lo com vida. Em julho daquele
ano um fato iria tirar o sono de Elvis mais
tarde, as demissões de seus guarda costas Red
West, Sonny West e Dave Hebler! Após serem
demitidos pelo pai de Elvis, os 3 ex-guarda
costas se juntam a um repórter de tabloide de
fofocas chamado Steve Dunleavy e começam a
escrever um livro sobre Elvis! O livro
intitulado mais tarde de “ELVIS WHAT HAPPENED?”(
ELVIS O QUE ACONTECEU?) seria lançado apenas
duas semanas antes da morte de Elvis. O livro
apresentava em muitas partes uma narrativa
sensacionalista típica de Dunleavy que se
baseava nas gravações que colhia dos guarda
costas! Os guarda costas disseram que como não
tinham mais acesso a Elvis depois da demissão,
resolveram escrever o livro para serem
“escutados” e com o discurso que queriam
“ajudar” Elvis. Em outubro de 1976 Red West (um
dos guarda costas) grava uma conversa por
telefone onde Elvis se coloca a disposição para
ajuda-lo afim de se resolver o mal estar! Era
uma prova que Elvis estava dando acesso para a
solução do problema, mesmo assim eles foram
adiante e publicaram o livro. Isso deixou Elvis
extremamente magoado e furioso pois o livro o
colocava como um viciado em remédios! Até o
próprio Sonny West admitiria décadas mais tarde
que o livro tinha um estilo sensacionalista e
que havia se arrependido, pois o livro não tinha
alcançado o “objetivo” inicial! Elvis não teve
tempo para se pronunciar sobre o livro, pois em
duas semanas estaria morto, já o livro acabou se
transformando num sucesso de vendas chegando a
marca de 3 milhões de cópias! O ano de 1976
acabaria num show histórico em Pittsburgh! O
show da virada de ano mostrava um Elvis bastante
motivado no palco e com ótimas
interpretações!Era difícil acreditar, mas seria
seu último Réveillon...
O QUE ERA NOTÍCIA NO
BRASIL E NO MUNDO
09.09.76 - Morre Mao Tse-Tung, Presidente da
China.
25.09.76 - É formada na Irlanda a Banda U2.
O
Punk Rock começa apontar no Mundo como um novo
movimento musical.
OS
PRINCIPAIS FATOS ENVOLVENDO ELVIS EM 1976
JANEIRO / 1976
12.01.1976 - ARTIGO DE LANÇAMENTO DE "ELVIS TODAY" - Um
jornal brasileiro faz criticas negativas sobre o álbum
"Today".Mas pelo texto percebe-se que o colunista praticamente
não escutou o álbum com atenção, "Pieces of my Life" é
uma canção romântica, mas o autor diz que "tem muito balanço"
!? Elvis estava com 40 anos, mas já era chamado de "velho".
Assim era o preconceito daquele período. Hoje muitos cantores já
passaram dos 60 anos e levam sua carreira sem esse tipo de
problema!
12 de janeiro de
1976, Jornal brasileiro
ELVIS é capa da revista "TV Movie Screen". Segundo a revista
Elvis "vai se casar novamente!". Mais uma fofoca.
FEVEREIRO / 1976
ELVIS é capa das revistas "Movie Stars" e "Screen Stories".
BOATOS SOBRE ELVIS E CHER EM 1976
Segundo a cantora Cher em 2010, Elvis a teria
convidado para um encontro em sua suite no Hilton Hotel (Las
Vegas) em 1976. Mas como ficou extremamente "nervosa" com o
convite, acabou recusando! Apesar das montagens de capa das
revista de fofoca (e mal montagens por sinal) os dois nunca
estiveram juntos, pelo menos não há registros deste
encontro. Mas o convite realmente ocorreu. Hoje ela se diz
muito arrependida de não ter aceito o convite. Nos Estados
Unidos, principalmente na década de 70 os artistas sofriam
nas mãos dos tablóides. Na falta de notícias eles inventavam
sem nenhum pudor. Histórias de que Elvis tinha filhos
secretos, que ficou preso em motel e que estaria voltando a
ex-esposa eram freqüentes em capas de revistas. Cher
continua ativa com sua carreira, até já cantou em shows de
tributo a Elvis.
02.02.1976 - A RCA leva os equipamentos para Graceland para
realizar gravações os
albuns "From Elvis Presley Boulevard" e "Moody Blue".
03.02.1976 - Gravando em Graceland
04.02.1976 - Gravando em Graceland
05.02.1976 - Gravando em Graceland
06.02.1976 - Gravando em Graceland
07.02.1976 - Gravando em Graceland
08.02.1976 - Gravando em Graceland
MARÇO / 1976
MARÇO DE 1976 - A RCA lança o excelente
"The
Sun Sessions" e recebe elogios dos críticos! Com este
álbum muitos jovens da época começaram a entender a importância
de Elvis na cultura mundial.
17.03.1976 - Show em
Jonson
City. (Abaixo: Imagens do show deste dia)
Acima: Imagens do show
realizado em 17 de março de 1976
18.03.1976 - Show emJonson
City. Repertório do
show: 2001 Theme / C C Rider / I Got A Woman / Amen / Love Me /
Let Me Be There / And I Love You So / You Gave Me A Mountain /
All Shook Up / Teddy Bear /Dont Be Cruel / Tryin To Get To You /
Hawaiian Wedding Song / Polk Salad Annie / Whatd I Say (
apresentação de James Burton ) solo de bateria (com Larry Londin
) Solo de Bairxo ( apresentação de Jerry Scheff ) Solo de piano
( apresentação de Shane Keister ) solo de teclado (apresentação
de David Briggs ) School Day / Hurt / America The Beautiful /
Mystery Train - Tiger Man / Its Now Or Never / Burning Love /
Cant Help Falling In Love / Closing Vamp
19.03.1976 - Show em
Jonson
City.
20.03.1976 - Show em Charlotte. Neste show o baterista
Ronnie Tutt foi substituído por Larrie Londin que se apresentou
ao lado de Elvis em março de 1976 e nos dois últimos shows de
Elvis em 1977. Larry nasceu em 1948 e faleceu no dia 24 de
agosto de 1992 aos 48 anos.
21.03.1976 - Show em
Cincinatti.
22.03.1976 - Show em
St. Louis.
ABRIL / 1976
21.04.1976 - Show em
Kansas City.
22.04.1976 - Show em
Omaha.
23.04.1976 - Show em Denver.
24.04.1976 - Show em San Diego.
25.04.1976 - Show em Long Beach.
26.04.1976 - Show em Seattle.
27.04.1976 - Show em Spokane
29.04.1976 - O cantor Bruce
Springsteen pula o muro de Graceland para tentar conhecer
Elvis, mas é apanhado pelos guardas.
30.04.1976 - Show
em Nevada no Sahara Tahoe Hotel.
MAIO / 1976
MAIO DE 1976
- Elvis
se recusava a sair para gravar, a solução foi levar o estúdio
até ele. O resultado foi muito bom. A RCA Lança
"From Elvis Presley
Boulevard, Memphis, Tennesse" gravado em Graceland.
Muitos compraram o álbum achando que se tratava de um disco ao
vivo, isso devido ao título do álbum.
01.05.1976 - Show
em Nevada no Sahara Tahoe Hotel.
02.05.1976 - Show
em Nevada no Sahara Tahoe Hotel.
03.05.1976 - Show
em Nevada no Sahara Tahoe Hotel.
04.05.1976 - Show
em Nevada no Sahara Tahoe Hotel.
05.05.1976 - Show
em Nevada no Sahara Tahoe Hotel.
06.05.1976 - Show
em Nevada no Sahara Tahoe Hotel.
07.05.1976 - Show
em Nevada no Sahara Tahoe Hotel.
08.05.1976 - Show
em Nevada no Sahara Tahoe Hotel.
09.05.1976 - Show
em Nevada no Sahara Tahoe Hotel.
27.05.1976 - Show
em Blomington.
28.05.1976 - Show
em Iowa.
29.05.1976 - Show
em Oklahoma.
30.05.1976 - Show
em Odessa.
31.05.1976 - Show
no
Municipal
Coliseum Lubbock no Texas.
JUNHO / 1976
ELVIS é capa da Revista Dynamite.
01.06.1976 - Show
em Tucson.
02.06.1976 - Show no Civic Center El Paso no Texas.
03.06.1976 - Show
no Texas.
04.06.1976 - Show
na Georgia.
05.06.1976 - Show
na Georgia.
16.06.1976 - Show
na Georgia.
25.06.1976 - Show
em Buffalo.
26.06.1976 - Show
no Civic
Center Providence.
27.06.1976 - Show
em Largo.
28.06.1976 - Show
na
Philadelphia.
29.06.1976 - Show em Richmond.
30.06.1976 - Show em Greensboro.
JULHO / 1976
01.07.1976 - Show na Louisiana.
02.07.1976 - Show no Assembly Center Baton Rouge.
03.07.1976 - Show em Fort Worth.
04.07.1976 - Show em Tulsa.
05.07.1976 - Show em Memphis (foto abaixo)
23.07.1976 - Show em Kentucky.
24.07.1976 - Show na Virginia.
25.07.1976 - Show no Onondaga War Memorial Auditorium.
26.07.1976 - Show
em
Rochester.
27.07.1976 - Show no Onondaga War Memorial Auditorium.
28.07.1976 - Show em Hartford.
29.07.1976 - Show em Springfield.
30.07.1976 - Show
no Hampton Roads Coliseum.
AGOSTO / 1976
AGOSTO 1976 - Elvis é capa da revista Movie Life.
02.08.1976 - Show em Roanoke.
03.08.1976 - Show no
Cumberland County Memorial
Auditorium.
04.08.1976 - Show no
Cumberland County Memorial
Auditorium.
05.08.1976 - Show no
Cumberland County Memorial
Auditorium.
27.08.1976 - Show no Texas.
28.08.1976 - Show no Texas.
29.08.1976 - Show no Alabama.
30.08.1976 - Show em Tuscaloosa.
31.08.1976 - Show em Macon.
SETEMBRO / 1976
Lançada mais duas revistas com Elvis na capa: "Movie Mirror" e
"TV Star Parade". A "movie Mirror" fez uma colagem grotesca
da "cabeça de Elvis" num outro corpo! Fora dizer que usaram uma
imagem de 1972 numa revista de 1976.
01.09.1976 - Show em Jacksonville.
02.09.1976 - Show na Florida.
03.09.1976 - Show em St. Peterburg.
04.09.1976 - Show em Lakeland.
05.09.1976 - Show em Jackson.
06.09.1976 - Show em Huntsville.
07.09.1976 - Show em Arkansas.
08.09.1976 - Show em Arkansas.
OUTUBRO / 1976
Lançada mais duas revistas com Elvis na capa: "Movie Stars" e
"Movie Life".
14.10.1976 - Show em Chicago.(Video: Veja abaixo Elvis
cantando "And I Love You So" neste dia")
15.10.1976 - Show em Chicago.
16.10.1976 - Show em Duluth.
17.10.1976 - Show em Minneapolis.
18.10.1976 - Show em Sioux
Falls.
19.10.1976 - Show em
Madison.
20.10.1976 - Show em
South
Bend.
21.10.1976 - Show em Kalamazoo.
22.10.1976 - Show em Illinois.
23.10.1976 - Show em Cleveland.
24.10.1976 - Show em Evansville.
25.10.1976 - Show em Fort
Wayne.
26.10.1976 - Show em
Dayton.
27.10.1976 - Show em
Carbondale.
NOVEMBRO / 1976
ELVIS e PRISCILLA fazem a festa para as revistas de fofoca.
24.11.1976 - Show em Nevada.
25.11.1976 - Show em Oregon.
26.11.1976 - Show em Portland.
27.11.1976 - Show em Oregon.
28.11.1976 - Show em San Francisco.
29.11.1976 - Show em San Francisco. O músico brasileiro
Maurício Camargo Brito esteve neste show onde descreveu o
momento em seu livro "Elvis Mito e Realidade". Segue abaixo o
trecho onde comenta a experiência.
"...o show começou com
atraso naquele 29 de novemvro de 1976. Foi após as 21 hs que
finalmente as luzes se apagaram e anunciada pelos alto-falantes,
a afinada orquestra Hot Horns do maestro Joe Guercio arrepiou a
platéia com um vribante e moderna versão da Quinta Sinfonia de
Beethoven. Em seguida, o ótimo quarteto Stamps, liderado por
J.D. Sumner e sua incrivel voz de baixo, cantou vários
sucessos. A vocalização e coreografoa feminina do grupo Sweet
Inspirations completaram a introdução musical, antes que um
comediante fizesse rir durante um quarto de hora a maioria dos
que lotavam o Cow Palace, monumental ginásio de São Francisco.
E nessa imensidão de concreto estava eu, incrédulo, prestes a
realizar o sonho que há duas décadas vinha alimentando não
só a minha ilusão mas também a de milhões de pessoas por
todo o planeta: ver e ouvir Elvis Presley ao vivo. Nos
minutos que antecediam a esplendorosa entrada do Rei do Rock
meus pensamentos viajaram aos anos dourados da infãncia, aos
bons tempos de criançada lá no bairro da Liberdade na então
menos poluida e mais romântica São Paulo, vibrava ao som de
Tutti-Frutti nas rádios. Embora ainda frequentando o curso
primário já eramos envolvidos pela elvismania. Como explicar
tal obsessão? Afinal Elvis Presley não era mais um daqueles
cantores estrangeiros? Mas diziam também ser um tipo esquisito,
de roupas e cabelos extravagantes, vistosas costeletas e que
remexia os quadris enquanto cantava. Comentava-se que fora
caminhoneiro antes de gravar discos. Era o que sabiamos além de
adorar seu jeito de cantar. Ninguém havia noticiado que o cara
mesclava a música caipira branca, o blues dos negros e alguma
coisa do pop comtemporâneo, mistura já conhecida como
Rock'n'Roll, mas que vinha cusando tremendo furor em seu pais
desde que o saudoso band-leader Tommy Dorsey em janeiro de 1956
arriscou apresenta-lo na televisão, levando ao ar para todo os
Estados Unidos, seu requebro debochado e contundente. A garotada
brasileira sequer poderia imaginar o que acontecia lá na
America do Norte. Muito menos os detalhes que iriam moldar a
meteórica carreira daquele que tornar-se-ia o maior fenômeno
musical de todos os tempos como por exemplo o interesse imediato
de hollywood para a realização do faroeste Love me Tender no
qual os fãs puderam ver o idolo nas grandes telas, sem prever
que este seria o primeiro de uma série de mais de 30 filmes em
sua maioria campeões de bilheteria. Os cachês milionários
para apresentações no show de TV de Ed Sullivan, imbativel na
audiência das noites de domingoacabaram por consolidar sua
posição de monarca da música pop. Um rei que veio de uma
casinha humilde do Mississippi para uma mansão em Memphis, cujo
trono não foi ameaçado com a convocação paea servir às
Forças Armadas na Alemanha em 1958, em meio à Guerra Fria. As
minha lembranças são interrompidas pelos gritos de vendedores
circulando pelo Cow Palace oferecendo souvenirs elvisticos,
posters, quadros, flâmulas, revistas, a preços nem sempre
generosos para uma platéia impaciente. Confesso que eu não
compartilhava a ansiedade com a multidão. Afinal, pouco mais de
48 horas antes , uma ensolarada manhã de
sábado, estava
despedindo-me de amigos no velho aeroporto de Congonhas em vias
de enfrentar uma exautiva viagem até a não menos radiante California. As recordações persistem. Lembro agora que não
apreciei o estilo que Elvis adotara após o exército, assim que
retornou ao estrelato, gravando "O sole mio" uma ária
de ópera agora como "It's Now or never". Já era a
década de 60 e enquanto os Beatles deitavam e rolavam com
inovações, o genuino Rei do Rock apoiava-se em filmes e mais
filmes de produção barata, em uma média de três por ano.
Isso só mudaria no final de 1968 com um ótimo show de TV que
marcou uma espécie de retorno às raizes, ao verdadeiro
Rock'n'Roll, embora nos
anos seguintes resolvesse atuar como um entertainer dos hotéis / cassinos de Las Vegas. Silêncio total
na imensidão do Cow Palace. As luzes se apagando, uma a uma, e
eu retorno a realidade. A orquestra emitindo os primeiros
acordes do imponente "Also Sprach Zarathustra",
prenunciando a triunfal entrada do astro. Agora o som poderoso
dos metais não conseguia sobrepujar a gritaria da platéia e
quando ele surgiu, o espoucar de milhares e milhares de flashes
das objetivas do público em meio a escuridão, proporcionavam
um espetáculo de luz e som que ninguém mais poderia esquecer. Era
Elvis Presley ao vivo! Seriam mais de 60 minutos de histeria
generalizada sob sucessos e sucessos de três decadas. E eu
satisfeito pela realização do velho sonho - agora um sonho
irrealizável.
30.11.1976 - Show na California.
DEZEMBRO / 1976
02.12.1976 - Show em Las Vegas (Hilton Hotel)
03.12.1976 - Show em Las Vegas (Hilton Hotel)
04.12.1976 - Show em Las Vegas (Hilton Hotel)
05.12.1976 - Show em Las Vegas (Hilton Hotel)
06.12.1976 - Show em Las Vegas (Hilton Hotel)
07.12.1976 - Show em Las Vegas (Hilton Hotel)
08.12.1976 - Show em Las Vegas (Hilton Hotel)
09.12.1976 - Show em Las Vegas (Hilton Hotel)
10.12.1976 - Show em Las Vegas (Hilton Hotel)
11.12.1976 - Show em Las Vegas (Hilton Hotel)
12.12.1976 - Show em Las Vegas (Hilton Hotel)
27.12.1976 - Show em Wichita
28.12.1976 - Show em Dallas.
29.12.1976 - Show em Birmingham.
30.12.1976 - Show em Atlanta.
31.12.1976 - Show em Pittsburg.
Veja abaixo vários trechos deste lendário
show em Piitsburg.
Com
Elvis cada vez mais recluso para gravar, a RCA resolve Lançar a coletânea "Welcome to my world".
Em
fevereiro de 1976 uma unidade móvel da RCA é
montada em Graceland. A Jungle Room (a sala da
selva) seria adaptada para virar um estúdio para
seus últimos álbuns! Neste ano a RCA lançaria
uma coletânea com gravações da Sun que receberia
muitos elogios da crítica, o álbum “THE SUN
SESSIONS! Em maio lançam o álbum “FROM ELVIS
PRESLEY BOULEVARD MEMPHIS TENNESSEE” que levaram
muitos acharem (pelo título), se tratar de um
álbum ao vivo! Na realidade o álbum era formado
de gravações feitas em Graceland, mesmo assim um
excelente álbum! A RCA ainda lançaria outra
coletânea chamada “WELCOME TO MY WORLD”, mas sem
grandes novidades. Várias mudanças aconteceram
neste ano: Elvis em dezembro de 1976 se despedia
de Las Vegas, fechava ali um ciclo vitorioso de
837 shows iniciados em 1969, todos ESGOTADOS!
Linda Thompson deixaria o posto de namorada e
Ginger Alden assumiria este papel, ela seria a
última pessoa a vê-lo com vida. Em julho daquele
ano um fato iria tirar o sono de Elvis mais
tarde, as demissões de seus guarda costas Red
West, Sonny West e Dave Hebler! Após serem
demitidos pelo pai de Elvis, os 3 ex-guarda
costas se juntam a um repórter de tabloide de
fofocas chamado Steve Dunleavy e começam a
escrever um livro sobre Elvis! O livro
intitulado mais tarde de “ELVIS WHAT HAPPENED?”(
ELVIS O QUE ACONTECEU?) seria lançado apenas
duas semanas antes da morte de Elvis. O livro
apresentava em muitas partes uma narrativa
sensacionalista típica de Dunleavy que se
baseava nas gravações que colhia dos guarda
costas! Os guarda costas disseram que como não
tinham mais acesso a Elvis depois da demissão,
resolveram escrever o livro para serem
“escutados” e com o discurso que queriam
“ajudar” Elvis. Em outubro de 1976 Red West (um
dos guarda costas) grava uma conversa por
telefone onde Elvis se coloca a disposição para
ajuda-lo afim de se resolver o mal estar! Era
uma prova que Elvis estava dando acesso para a
solução do problema, mesmo assim eles foram
adiante e publicaram o livro. Isso deixou Elvis
extremamente magoado e furioso pois o livro o
colocava como um viciado em remédios! Até o
próprio Sonny West admitiria décadas mais tarde
que o livro tinha um estilo sensacionalista e
que havia se arrependido, pois o livro não tinha
alcançado o “objetivo” inicial! Elvis não teve
tempo para se pronunciar sobre o livro, pois em
duas semanas estaria morto, já o livro acabou se
transformando num sucesso de vendas chegando a
marca de 3 milhões de cópias! O ano de 1976
acabaria num show histórico em Pittsburgh! O
show da virada de ano mostrava um Elvis bastante
motivado no palco e com ótimas
interpretações!Era difícil acreditar, mas seria
seu último Réveillon...
O QUE ERA NOTÍCIA NO
BRASIL E NO MUNDO
OS
PRINCIPAIS FATOS ENVOLVENDO ELVIS EM 1976
ELVIS é capa da revista "TV Movie Screen". Segundo a revista
Elvis "vai se casar novamente!". Mais uma fofoca.
JUNHO / 1976
"...o show começou com
atraso naquele 29 de novemvro de 1976. Foi após as 21 hs que
finalm
ente as luzes se apagaram e anunciada pelos alto-falantes,
a afinada orquestra Hot Horns do maestro Joe Guercio arrepiou a
platéia com um vribante e moderna versão da Quinta Sinfonia de
Beethoven. Em seguida, o ótimo quarteto Stamps, liderado por
J.D. Sumner e sua incrivel voz de baixo, cantou vários
sucessos. A vocalização e coreografoa feminina do grupo Sweet
Inspirations completaram a introdução musical, antes que um
comediante fizesse rir durante um quarto de hora a maioria dos
que lotavam o Cow Palace, monumental ginásio de São Francisco.
E nessa imensidão de concreto estava eu, incrédulo, prestes a
realizar o sonho que há duas décadas vinha alimentando não
só a minha ilusão mas também a de milhões de pessoas por
todo o planeta: ver e ouvir Elvis Presley ao vivo. Nos
minutos que antecediam a esplendorosa entrada do Rei do Rock
meus pensamentos viajaram aos anos dourados da infãncia, aos
bons tempos de criançada lá no bairro da Liberdade na então
menos poluida e mais romântica São Paulo, vibrava ao som de
Tutti-Frutti nas rádios. Embora ainda frequentando o curso
primário já eramos envolvidos pela elvismania. Como explicar
tal obsessão? Afinal Elvis Presley não era mais um daqueles
cantores estrangeiros? Mas diziam também ser um tipo esquisito,
de roupas e cabelos extravagantes, vistosas costeletas e que
remexia os quadris enquanto cantava. Comentava-se que fora
caminhoneiro antes de gravar discos. Era o que sabiamos além de
adorar seu jeito de cantar. Ninguém havia noticiado que o cara
mesclava a música caipira branca, o blues dos negros e alguma
coisa do pop comtemporâneo, mistura já conhecida como
Rock'n'Roll, mas que vinha cusando tremendo furor em seu pais
desde que o saudoso band-leader Tommy Dorsey em janeiro de 1956
arriscou apresenta-lo na televisão, levando ao ar para todo os
Estados Unidos, seu requebro debochado e contundente. A garotada
brasileira sequer poderia imaginar o que acontecia lá na
America do Norte. Muito menos os detalhes que iriam moldar a
meteórica carreira daquele que tornar-se-ia o maior fenômeno
musical de todos os tempos como por exemplo o interesse imediato
de hollywood para a realização do faroeste Love me Tender no
qual os fãs puderam ver o idolo nas grandes telas, sem prever
que este seria o primeiro de uma série de mais de 30 filmes em
sua maioria campeões de bilheteria. Os cachês milionários
para apresentações no show de TV de Ed Sullivan, imbativel na
audiência das noites de domingoacabaram por consolidar sua
posição de monarca da música pop. Um rei que veio de uma
casinha humilde do Mississippi para uma mansão em Memphis, cujo
trono não foi ameaçado com a convocação paea servir às
Forças Armadas na Alemanha em 1958, em meio à Guerra Fria. As
minha lembranças são interrompidas pelos gritos de vendedores
circulando pelo Cow Palace oferecendo souvenirs elvisticos,
posters, quadros, flâmulas, revistas, a preços nem sempre
generosos para uma platéia impaciente. Confesso que eu não
compartilhava a ansiedade com a multidão. Afinal, pouco mais de
48 horas antes , uma ensolarada manhã de
sábado, estava
despedindo-me de amigos no velho aeroporto de Congonhas em vias
de enfrentar uma exautiva viagem até a não menos radiante California. As recordações persistem. Lembro agora que não
apreciei o estilo que Elvis adotara após o exército, assim que
retornou ao estrelato, gravando "O sole mio" uma ária
de ópera agora como "It's Now or never". Já era a
década de 60 e enquanto os Beatles deitavam e rolavam com
inovações, o genuino Rei do Rock apoiava-se em filmes e mais
filmes de produção barata, em uma média de três por ano.
Isso só mudaria no final de 1968 com um ótimo show de TV que
marcou uma espécie de retorno às raizes, ao verdadeiro
Rock'n'Roll, embora nos
anos seguintes resolvesse atuar como um entertainer dos hotéis / cassinos de Las Vegas. Silêncio total
na imensidão do Cow Palace. As luzes se apagando, uma a uma, e
eu retorno a realidade. A orquestra emitindo os primeiros
acordes do imponente "Also Sprach Zarathustra",
prenunciando a triunfal entrada do astro. Agora o som poderoso
dos metais não conseguia sobrepujar a gritaria da platéia e
quando ele surgiu, o espoucar de milhares e milhares de flashes
das objetivas do público em meio a escuridão, proporcionavam
um espetáculo de luz e som que ninguém mais poderia esquecer. Era
Elvis Presley ao vivo! Seriam mais de 60 minutos de histeria
generalizada sob sucessos e sucessos de três decadas. E eu
satisfeito pela realização do velho sonho - agora um sonho
irrealizável.
